d
r
E
A
M
a que não promete
o que se queixa por ela não prometer
'Ela' e 'Ele'. Talvez juntos sejamos muito mais do que uma simples palavra. Talvez passemos de fantasmas a memórias vivas.
(4) Um caso aparte - Mendigos
domingo, 26 de abril de 2009 ( 21:16 )
Ele falou novamente, mas desta vez acho que o entendi.
Assimilei o máximo que pude ao tentar percebê-lo, e respondi-lhe:
- Não há problema. - Repeti as palavras que disse na minha cabeça, como a confirmar que não tinha saído nenhum disparate. - é só que... talvez me deva ir embora. Já chegam de perdas por hoje, começar algo para perder um dia é impensável. - Voltei a repetir tudo na minha cabeça, palavra por palavra.
- Não te penso deixar fugir. - disse ele. Devo eu acreditar nele?
Ele pegou-me pela mão e guiou-me até ao exterior onde a luz do céu alegre contrastava com o ambiente morto de que saí.
Ouvi alguém chorar. Não havia toda a gente já ido embora?
Como se me ouvisse, ele afastou-me do barulho e levou-me a sentar num banco do parque ali ao lado. Sentou-se também, à minha esquerda, e puxou a minha cabeça para o seu colo, obrigando-me a deitar cuidadosamente. A sua mão passava levemente sobre os meus cabelos desalinhados quando decidi falar novamente.
- Como é que... Como é que sabes quando aparecer? - tentei.
- Como assim? - Eu continuava de cabeça deitada, virada para a frente, nuca na sua barriga.
- Como é que consegues entrar em cena quando és mais preciso do que em qualquer outra altura? Como é que consegues sempre aparecer na altura certa e no momento exacto?
Ao longe, na porta da igreja, já nada restava se não mendigos.
~ E'le (que faz de Ela)
Give me guns
( 20:36 )
Give me some guns to kill me,
I'm tired of being weak,
One more month has failed,
but yet, I'm still sick.
I'm going to give a right shot,
straight to the heart,
No tears will be drop,
'Cause I've been living without a spark.
I made the skies shine,
as beautifull as I could,
Though you won't make the sun rise,
you know I would.
Now, will you please give me some guns,
My pockets are heavy like tuns.
I can't wait to feel freedoom again,
this life is being too vain.
(dirty little shit)
Don't give me guns
( 20:27 )
Born to kill.
No! Born to die.
Life is not true,
But life doesn’t lie.
Lies aren’t bad,
When the worst comes around
Ignorance and anger,
That’s what’s all about.
If you want to help me
Start begging for a desire,
A miracle from the inexistent divine gods
The water that comes from fire.
Anger, no food.
Hunger, no sky.
Heaven without limit,
Hell that arrested me inside.
I don’t want to be the monster
That I criticize every day.
Drinking blood from fear
Eating hearts away.
Don’t give me guns
I feel so empty
But weal and motives,
I have plenty.
~ E'le
I don't know anything...at all.
( 20:12 )
Como é que te hei de explicar.. que não sei nada.
Para esta pergunta não tenho resposta. Desculpa, mas não tenho palavras suficientes para transmitir aquilo que penso, não tenho sequer certezas suficientes para me arriscar a uma tentativa de usar as que tenho.
Para mim a tua pergunta vai sempre viver no incógnito retórico, vai permanecer 'irrespondida' até ao fim dos tempos.
Nunca percebi a lógica de me rir quando me apetece chorar mas, talvez seja pelas lágrimas me magoarem quando são sinceras, talvez seja por me queimarem os olhos quando afloram, talvez seja por corroerem a minha pele com verdade. E quanto a chorar quando me apetece rir, é apenas para a aproveitar a oportunidade de chorar sem me ferir mais do que tudo, já que quando estou feliz e choro não há verdade que magoe a pele, só mentiras que se fazem escorrer pela minha face.
Hoje as palavras fugiram e deixaram-me sozinha, só Hope me mantém acordada.
,questão? ~[sem 'x'
sábado, 25 de abril de 2009 ( 21:19 )
Desta vez não, vou tentar não divagar e ir directo à questão que vais achar ridícula. Mas primeiro, o porquê.
Existem momentos; estranhos momentos em que, apesar da minha abudante alegria ou neutralidade, dos meus olhos começam a surgir lágrimas. Não é chorar, nem de riso.
O contrário também acontece; estar bastante triste ou devastado e ter uma enorme vontade de rir.
É como se o meu corpo fosse um escudo; uma máscara para um outro 'eu' que desconheço e que está impedido de falar comigo; uma máscara que o impede de se mostrar. O bom era ele falar comigo, assim teria companhia; e assim, compreenderia os seus ditos sinais e espasmos que me deixam ignorante, mais do que sou.
E tu perguntas, e a questão?
Ainda não a formolei sequer, mas penso que através do porquê, o ponto de interrogação está implícito.
'I must be dreaming'
Espinho, Liceu, Aula de Física e Química, 11.15 (?); 24 de Abril de 2009
(texto modificado)
~ E'le
(3) Na Excepção - Puff
sexta-feira, 24 de abril de 2009 ( 22:17 )
Continuámos ali os dois abraçados, ela encostou de novo a cabeça ao meu peito e deixou-se ficar.
Tinha a certeza que tinha sido não mágico para ela como para mim, por isso, não percebia o porquê desta nova angústia e revolta que sentia terem acordado dentro dela.
Afastei-a, não é que fosse um momento de muitas palavras, muito menos a altura indicada para as que tinha para dizer, mas eu precisava de falar e ela precisava de ouvir.
- Perdoa-me, sei que esta não foi a altura ideal para isto ter acontecido. Sei e por isso, peço desculpa. Simplesmente existem coisas que acontecem, ou têm de acontecer. Eu não me vou embora, juro que não, prometo que não.
Pela primeira vez ela falou, falou com uma voz fraca, frágil, mas tão doce!
- Não há problema. - hesitou um pouco e a sua voz falhou - é só que... talvez me deva ir embora. Já chegam de perdas por hoje, começar algo para perder um dia é impensável.
Falou, e falou bem.
- Não te penso deixar fugir. - Que mais poderia dizer senão a verdade?
Dei-lhe a mão e conduzia para fora daquele quadro de morte, no silêncio que se instalou para fora daquele quadro de morte, no silêncio que se instalou. Ambos estavamos certos que já não tinhamos como fugir um do outro.
Nem queriamos.
Tatiana Rocha
(3) Um caso aparte - Fruto Proibido
quinta-feira, 23 de abril de 2009 ( 22:35 )
A sua voz fez-se ouvir pela primeira vez nos meus ouvidos, estaria eu a alucinar?
Olhei para o público mas tal como esperado, tinha toda a gente saído sem aplaudir, e pelos vistos o espectáculo era tão MAU que saíram antes dele acabar.
(...)
Só aí, ignorei todo o motivo da minha presença ali e relembrei todos os meus passos desde que ali chegara, ou, mais propriamente, desde que a verdade chegara a mim.
Como fora eu capaz de desabafar assim, sem controlo, em cima de um estranho? Pior, ele não era um estranho - pois se o fosse, a preocupação não seria tanta. - ele era 'Ele', o dono do sentimento platónico que urge em mim sem qualquer controlo , mas que não passa disso: 'platonismo'.
Tentei assimilar as palavras que me proferiu. - Recuso-me a descrever a sua beleza, pois para mim, vítima de tal sentimento, não me é possível fazê-lo. E perdida nos meus pensamentos, ainda de cara molhada - e provavelmente também vermelha - senti os seus tão desejosos lábios tocarem os meus. Foi impossivelmente mágico e delicioso, mas porque se atirou ele assim? Que direito tinha ele? Hipnotizada pelo seu feitiço, tentei afastar-me e largar-me dos seus confortáveis braços, erguer a mão, destemida, e dar-lhe uma chapada bem forte pela ousadia.
O problema era: 'os pensamentos deixaram de controlar o corpo'.
Os meus lábios ficaram agarrados aos seus, como se provasse o fruto proibido, os seus braços continuavam a envolver-me - tal como os meus o envolviam a ele - e quando a minha mão se fez mostrar para o agredir, chegou de uma forma mais subtil e carinhosa do que eu comandara.
Estava errado! Tudo estava errado! Eu - por inúmeras razões; ele - por não passar de uma paixão platónica que sobrevive perfeitamente bem à distância; e até o momento. Contado, quem acreditaria? (alguém com muitos medicamentos, talvez)
Divaguei por mais um bom bocado. - provavelmente o beijo não durou tanto como penso. - Estaria eu vulnerável ao ponto de me oferecer assim? E seria ele cruel o suficiente para se aproveitar de mim neste lastimável estado?
Encostei a minha cabeça ao seu peito, e tentei ouvir o seu coração, a sua respiração; para confirmar que tudo era real.
Sentia-me bem, e na altura, isso era a única coisa que importava.
~ E'le (que faz de Ela)
(2) Na Excepção - Sem Nomes
( 21:59 )
Ali estava ela, totalmente desprotegida, quase a cair para um poço sem fundo. Na berma da barreira entre o real e o irreal.
Queria ajudá-la, parecia estar desfazer-se em bocados. De repente, como se de alguma maneira ouvisse as minhas preces, virou-se para trás e agarrou-me violentamente.
Toquei-lhe e descobri que estava certo, toda ela eram pedaços, cacos, restos da figura humana original.
Ela começou a chorar, depois gritou, abafei-lhe a canção com um abraço ainda mais forte. Prendia numa espécie de promessa silenciosa 'juro que não te vou largar'.
Queria desesperadamente dizer alguma coisa, curar as feridas que ela escondia, fazer cicatrizar a mágoa que lhe enchia o peito - mas não podia.
Tentei.
- Está tudo bem, eu vou proteger-te. Prometo que não me vou embora. - ela olhou para mim com o olhar mais doce do mundo e voltou a esconder-se nos meus braços encostada na muralha em que o meu peito se transformara.
As pessoas começaram a ir-se embora num passo arrastado numa espécie de tentativa frustrada de ilustrar uma dor que não sentiam, ou pelo menos uma que não os alcançava tão devastadoramente como a que ela estava a provar. Pouco a pouco fomos ficando cada vez mais sozinhos até que passado um bocado só nós os dois restávamos. Uma estátua firme de duas pessoas interligadas, de duas almas magoadas fundidas numa pedra humana, à espera que o tempo parasse ou voltasse atrás.
Não sabia quem ela era ou com o se chamava, mas podia garantir que a conhecia melhor do que muitos. Ao estarmos ali os dois agarrados, colados corpo a corpo, tudo o que ela sentia fundia-se para dentro de mim, as explosões a que ela resistia tentavam também destruir-me a mim.
Num impulso que nunca me tinha conhecido antes, agarrei a cabeça dela, puxei-a suavemente para cima e beijei as lágrimas que lhe inundavam o rosto.
- Quem és tu e o que é que me fizeste? Acabo de perder uma parte de mim e ganhar a minha outra metade. - disse-lhe.
Ela encarou-me, totalmente estupefacta, e os seus olhos foram ficando cada vez mais alertas à medida que a aproximava de mim.
Beijei-a. Foi um encontro de lábios doce, e conseguiu neutralizar a dor.
O meu coração - que julgava desaparecido - voltou a bater num ritmo desenfreado enquanto gritava exasperadamente "Olá".
(2) Um caso aparte - Implicações
( 21:55 )
Eu queria falar. Aliás, queria gritar. Embaraçada, tentei formular frases decentes na minha cabeça. Tentei organizar palavras, letras; desesperada, tentei um som, mas saiu abafado pelo meu choro que ainda não cessara. Desisti e esforcei-me para ignorar a criatura a que me apegara.
Voltei a apertá-lo com força, voltei a enchê-lo de baba e ranho e voltei a berrar de cara tapada ao público. Público este que desconhecia. Conheceriam eles ao menos a pessoa responsável de toda a reunião? Ou estariam a chorar lágrimas opacas de mentira?
Neste preciso momento também pouco me importava quem estaria a assistir ao espectáculo que acabara sem palmas.
Ele havia ido, numa viagem interminável e desconhecida, uma viagem que eu vou fazer também, inevitavelmente.
E sem quase dar por ela, notei que ele me apertava também, calado mas forte. Estaria também a sofrer?
O seu coração batia de uma forma perfeitamente normal, a sua respiração era inaudível aos meus ouvidos e a sua expressão não se havia alterado. Desejei tanto que falasse, que dissesse algo para que eu pudesse reagir. Mas estava tão bem ali, escondida. Escondida do Mundo com o meu coração vivo e de volta, protegida contra quem mo tentasse roubar, (como se eu tivesse escolha).
O coração tinha voltado, e com isso, a dor começou.
~ El'e (que faz de Ela)
(1) Na Excepção
( 21:39 )
Estávamos os dois perdidos no mesmo lugar, ali, naquele fim-de-mundo, naquela mentira que albergava os corpos mortos sem vida antes da sua última viagem. A única viagem que fazemos sem respirar, a única viagem em que não sonhamos, a viajem do ‘meio’ para a terra.
Ela parecia-me ainda pior do que eu, devastada pela dor que emanava de todos os lados, que nos sufocava a ambos mas que a ela paralisava.
Sabia que estava à distância de um braço mas, eu sou fraco, sou pequeno e mediocremente humano, tão fraco que jamais suportaria o peso da mentira que ela tentava erguer por entre os vivos.
De repente o choro encheu o vácuo que se instalara, o som foi mais acolhedor aos meus ouvidos do que haveria ter sido mas, eu sentia-me tão mal que as lágrimas dela me acalentaram a esperança e impediram-me de mergulhar no abismo.
Ela continuava ali, estacada, congelada eternamente sem coração, parecia morta, petrificada pela verdade que lhe trespassara os olhos num relâmpago fugaz.
Teria ela caído no abismo que eu evitara?
E um coração bateu. Estava viva, tão viva quanto eu.
Senti-me forte, guerreiro, capaz; afinal, tudo podia valer a pena.
Ela, o Ele
(1) Um caso aparte - Quando Ele e Ela são Ela e Ele
quarta-feira, 22 de abril de 2009 ( 22:21 )
Decidi finalmente levantar-me. As minhas pernas tremiam e a respiração débil ecoava na minha cabeça como quando a assistir um filme de suspense.
As pessoas olhavam-me espantadas, algumas cochichavam comentários umas às outras, e umas outras simplesmente me ignoravam.
Caminhava por entre elas, tapete vermelho, sem paparazis.
Em cima, ao centro da parede, estava a figura escuplida do dito cujo que eu nunca acreditei e que penso não acreditar nunca, aliás, não era por ele que estava ali.
Subi os últimos degraus depois do tapete da 'fama' acabar e debrucei-me ligeiramente sobre a caixa que se encontrava a minha frente.
O meu coração não contraiu nem me provocou qualquer sofrimento, pois a pessoa ali deitada já mo havia roubado, deixando-me anestesiada a qualquer dor. Não é justo poderem-me tirar o coração assim, simplesmente não é! Não é justo!
Fiquei especada. Não respirava nem pestanejava, e não ouvia o bater do meu coração, este que já não me pertence.
A minha visão turva rapidamente se clarificou.
A verdade que eu negara a todo o custo até ao momento, chegou da pior maneira possível, e atormentou-me sem qualquer piedade.
As lágrimas escorregaram que nem torneiras pelo meu rosto abaixo até se aposentarem entre as fibras das vestes do corpo ali estendido. Desejei abraça-lo sem pudor, mas estava que nem estátua, o meu corpo recusava-se fortemente a mover-se sequer um milímetro.
Senti um ligeiro toque no meu ombro que quebrou o gelo em que estava presa, libertando-me dos braços de medo que me envolviam antes.
Sem sequer erguer a cabeça, virei-me para a criatura que me libertou da prisão e agarrei-me com toda a minha pouca força, (duvido que se possa chamar 'abraço'), ao tronco do ser que me recebeu calorosamente. Chorei alto e enraivecida, apertei-o novamente até ficar sem forças - como se a culpa fosse dele.
Ainda não satisfeita do desabafo, ergui agora a cabeça para o rosto que me admirava pavidamente. Como saberia ele do sucedido? Como saberia ele onde e como entrar na altura perfeita e no momento exacto? E mesmo que lhe dissessem, porque estaria ele ali?
O meu coração bateu, afinal, ele nunca havia saído do meu peito.
~ E'le (que faz de Ela)
ok.
( 20:41 )
Fantasmas interiores perseguiam-me sem fim. Perseguiam-me até ao fim do mundo.
Quem poderia ser o meu maior critico se não eu própria?!
Vou fechar os olhos e matar os que me perseguem. Não acredito na minha voz, ela espera sempre demasiado.
eu, ?
( 11:40 )
'Nem rima!' Afirmou o snobe.
Mas afinal, quando é que um poema tem de rimar?
'Não gosto.' Continuou ELE.
Apenas ignorei, voltei para a praia onde estava sentado e comecei a admirar a montanha. O snobe não parava, criticava as minhas palavras letra a letra e quando ficou sem argumentos mais, utilizou o facto de a minha voz ser fraca.
Ninguém percebia o porquê. Olhei para o simpático que se encontrava a meditar no mar e ELE encolheu os ombros.
EU a pensar que o limite já havia chegado, mas as críticas começaram a se agravar, chegando até à qualidade de insulto. Olhei para ele, fitei-o com toda a minha raiva, mas que podia fazer EU?, ELE tinha razão.
Sou fraco, principalmente no facto de me deixar levar pela opinião dos outros - embora o afirme que não o faça. O divertido só se ria, suponho que não sabia que era uma conversa séria, gritava sem pudor das hilariantes trocas de palavras - era o único que encontrava a graça nisto.
Depois, abri os olhos, olhei em meu redor e ouvi-os com mais atençao. Eram todos parecidos - para não dizer iguais. - Todos tinham a mesma voz repugnante, todos tinham um físico débil e falavam todos de mim.
Só aí me apercebi, todos eram EU, e EU, era todos.
A pergunta é; quantas mais personalidades desconhecidas ao meu 'eu acordado' terei eu?
~ E'le
Puzzle_
( 11:27 )
~ como responder, se disseste tudo?
Uma palavra. Às vezes é a necessidade de ser ouvido. Um som, de ser correspondido. Um sorriso, de ser amado, um olhar, de ser admirado.
Por muito que se queira negar, a peça falta, pode não ser a que outrora completava o destemido puzzle de mil e duas peças, mas um espaço ficará sempre lá. Cada peça no seu puzzle.
É verdade que o espaço pode ser preenchido - ou não - por uma outra peça que seja adequada para o papel, mas a primeira fica sempre marcada.
Não digo com isto que não se deva esquecer o antigo puzzle. Na vida, as peças do desafio vão se soltando e voltando a entrar, em novas posições, e até novas peças se juntarão. As que se recusam a entrar não podem ser forçadas, podem-se partir.
Tal como já me disseste, a vida não pára, há que a deixar ir. (a peça)
NINGUÉM nasce e morre com o mesmo puzzle.
~ E'le para ela
Foi uma rapariga do Centro que me fez ver por dentro.
( 00:53 )
Por muito simples que estas palavras pareçam, não são.
Tenho saudades do teu toque porque na altura em que me tocavas não estava sozinha. Sempre que sinto o teu olhar arrepio-me e, no entanto o batimento cardíaco mantém-se tão estável como sempre.
Não choro pelos tempos que já não tenho porque quando os vivi me prendiam mais do que qualquer cela. Prezo a minha liberdade quase acima do ar que respiro e isso era coisa que me roubavas. Pouco me importa. O que me importa é que o desespero faz com que me queira sentir amada. Desespero?
Esquece. Não tenho lugar para desespero dentro de mim. Tenho lugar para o vazio. E é o vazio que se tem vindo a fazer sentir.
Não é de ti que sinto falta, é de algo que preencha o vazio. E não vou voltar a cometer o mesmo erro, prometo, já sei que não és a peça que falta.
Um abraço. Às vezes é a simples necessidade de um abraço.
You're free to go'
terça-feira, 21 de abril de 2009 ( 23:51 )

Once I was told that we can never answer someone's love letter.
If I'm not the one who can avoid your layoff, if I'm not the one who has the power to say 'please don't go', how can I stop you and tell you to stay?
If I'm really not the one who makes your soul fall apart from your body, how can I tell that that it isn't necessary?
If my lips aren't your forbidden sin, how can I beg you to kiss me?
(she can't let you go, I bet)
If it wasn't with me that you act wrong, how can I tell you that you're better than dust?
If I wasn't the One, how can I judge if you will be the sunset or the sunrise?
(I can't, that's it)
Well, at least that is something I can tell you. Time won't stop. Time urge. There won't be any frozen second.
Wake up! (or don't)
If you need to die, you shall die in peace. Whatever the One will do, it will be the right thing to do, since you forever will be in her heart and in her mind.
(and if she doesn't, I'll frozen your memorie and I'll keep it with me forever)
Don't let me go |
( 23:27 )

Uncontrolled words with no order or sense
Words of love and anger
Words of hope
When I disappear in dust,
Will you cry?
Will you forget me?
Or you’ll say goodbye?
Will I be remarkable as the sun that rises every morning?
Or the star that shines every night?
Will you be like the impossible and desirable love?
Unforgettable and unique?
Will the love be the guilty of our pain?
My words can’t line up. My head is full of opposite feelings.
My body is disappearing with the wind, I am falling apart.
We both know that I can’t stay here any longer.
My soul and my body want the impossible separation,
so we can be together.
Will I ever be free for love?
Will you ever forgive me for being useless?
Will the time ever stop even for a second, so this moment last forever?
Forever in my mind. Forever in my heart.
Save me! Don’t let me go.
once Cilywatia. forever Cilywatia'
~ E'le
Your turn (I'll just be dark)
( 22:59 )
Yesterday, for the last time,
A star had shine,
I believe she was far,
I believe she was kind.
But before the dark,
Made of moons in light-white,
I told her to run away,
Because I was the night.
Your turn
I'll just be dark (can you be my light?)
Yesterday, for the last hope,
A star died,
With no one to mourn her.
But before the dead,
Made of suns in dark-black,
I told her to stay,
To be seen for one last time.
Your turn,
I’ll just be dark (can you be my light?)
Today, for the first time
A new point,
Will appear in the sky.
But before the light,
Made of insight hate,
I’ll scream with her
She was too late.
Your turn,
I’ll just be dark. (can you be my light?)
Tomorrow, with no sense
She will stay near the sun,
Close to the moon.
But before the wonder,
Made of wind with no strength to walk,
I won’t say sorry, I won’t admit the blame,
You chose to be mine, and I, chose the same.
Your turn,
I’ll just be dark.
You’ll be my light,
So don’t lose my sight.
~ E'le
My turn (to shine on)
( 20:21 )
One day, maybe tomorrow,
or even today,
I'm going to tell you how deeply wrong you are.
Do you see that star?
It is all that I've ever wanted,
and all that I've ever needed.
I ask Someone to give it to me,
but my preyers were just as silent to His ears,
as your dreams were to mine.
I'd like to show you,
how big the world is,
but I bet you would miss,
all the second meanings I've been hiding, like you always do.
So, I just can't be true.
I feel so blue,
Is it because of you?
Though we've been sick and tired,
I never thought about retired.
I always believed we would get through
this stupid mess we're drowning on,
After all, we had hopes and dreams,
but I guess now the solution is move on.
It is written that it's too late,
but I still believe that you're my soulmate,
I just regret we couldn't have more fun,
because all of the things I haven't done.
Resposta (Continuação da Pergunta)
( 20:01 )
Tenho vivido perdida entre a imensidão das cidades e a ténue linha do horizonte. Tenho trilhado sozinha todos os carris que encontro, tenho passeado sozinha por mil e um céus de fantasias.
Agora cheguei ao fim da linha, não há por onde caminhar, não há mais caminho para desbravar. Cheguei finalmente ao meu destino, um cais vazio algures no Mundo, um cais de madeira velha - tão velha quanto as minhas memórias - e água. Não há nada para além do cais, tudo em volta se resume ao nada que sempre temi enfrentar. Tenho ultrapassado todos estes anos a fingir que ele não existe, que sou uma pessoa preenchida e cheia de vida, mas agora a mentira tornou-se impossível. O nada enfrenta-me com todas as suas tropas e eu estou demasiado cansada para esta nova batalha. Rendo-me então e enfrento a sua cruel existência. E, por isso ali está ele. A encarar-me com a sua omnipresência, a avisar-me que nunca esteve senão ali, a relembrar-me as mentiras em que tenho estado afogada completamente iludida pelos meus próprios sonhos.
Resolvo sentar-me no cais, já que aqui estou não vale de nada não aproveitar o silêncio - é tão raro e tão precioso. Sento-me no fundo do cais, no ponto que abraça o oceano, balanceio os pés de um lado para o outro e fico ali. Apenas ali, a fixar a fina barreira que separa o céu da terra, a imaginar as terras que existem do outro lado do tapete azul, a ouvir os risos inexistentes das multidões longiquas que vivem em mentiras parecidas com as em que eu vivia.
Pensando bem, estamos todos sozinhos. Andamos todos a percorrer caminhos que eventualmente nos conduzirão a um cais, ou a um terminal, ou a uma praia. Sorte têm os que voltam de lá ilesos carregando apenas umas rugas na cara e muita bagagem às costas.
Sinto-me no entanto sozinha, e estou realmente farta de estar sozinha. Não quero pensar muito, sei que não há nenhuma maneira de saír dali por terra por isso, atiro-me ao mar. Não mergulho de cabeça, isso seria demasiado ágil para mim, atiro-me de pé para fazer o máximo de espalhafato possivel - se ninguém está a ver posso agir como quiser. A água está realmente agradável, convidativa. Nado um pouco, sempre adorei nadar, sentir a água, perder-me nela, senti-la em mim.
Volto para o cais, sinto uma necessidade enorme de sentir um chão debaixo dos meus pés. Olho à minha volta e reparo que o nada permanece em posição de batalha, completamente pronto para a necessidade de investida. Sento-me de novo. Fecho os olhos e inclino-me para trás. Começo a ouvir uns ruídos quaisqueres. Olho e vejo-o. Pelo mesmo caminho que eu vim chegou mais uma alma perdida.
Sê bem-vindo. Afinal eu estava certa, nalgum ponto da nossa demanda, os nossos caminhos vão parar a um cais. Sorri, o nada tinha acabado de baixar as armas e eu soube que tinha ganho esta guerra sem derramar uma única gota de sangue.
10,espero
( 13:34 )
~ e começam as divagações
Estava completamente preenchido por pânico puro em MEDO. As ondas debatiam-se silenciosamente, dando um ambiente perfeito, não fosse o facto de eu estar ali perdido, SÓ.
Ao longe passavam sombras, gaivotas talvez, mas quem é que quer saber? O Sol carregava em mim o seu calor desértico enquanto o vento me acarinhava de hora a hora.
Estaria eu ali há tanto tempo?
Estava perdido, num espaço sem hipóteses de voltar para trás, o trilho é inexistente, tal como a companhia.
A linha, a que chamam de 'horizonte', rodeava-me sem interrupções, como que se delimitasse os limites da jaula em que me prendi. O ar, apesar de muito, parecia estar tão perto do fim, tal como eu.
Mas em pouco tempo - não sei dizer quanto - de tão delirado que estava, comecei a dialogar para mim mesmo, sem me aperceber que era uma alucinação.
'Porque não ouves o que dizes?', gritava a voz. 'Sempre a aconselhar, mas quando se toca a ti, ficas surdo à tua própria voz!'
Seria verdade? Não tinha argumentos contra.
'Estou só.' Sussurrei. 'Ninguém está mais só do que eu, ninguém se encontra tão desesperadamente como eu à espera da dita salvação, do bote de resgate que me levará de novo à praia, ao esporão, para que eu possa me atirar vezes sem conta até me convencer a mim mesmo de que me arrependerei.' - irei mesmo me arrepender? - 'Ninguém espera, toda a gente corre'
E de tão DESESPERADO que estive, não reparei na criatura que me olhava a meu lado. Seria gaivota? Era demasiado grande, uma sombra demasiado grande no canto do meu olho se erguia, não poderia ser.
Rodei a cabeça em direcção ao ser e reparei que no tempo todo que ali estive, a queixar-me de lamurias e coisas tal, não estava SÓ. Uma outra 'infeliz' como eu, encontrava-se ao meu lado tão espantada em ver-me como eu a ela. Pergunto-me, será que estivemos ali os dois sem sequer notar na insignificância do outro? A queixar de solidão, à espera do resgate que não virá, sem desviar um olhar que seja?
Sorri e olhei em frente, afinal, não estava SÓ! (apenas fui cego)
~ E'le
Resposta.
segunda-feira, 20 de abril de 2009 ( 22:36 )
Quem diz se és chocolate ou não são os outros, os que te provam.
Ponto Final. Parágrafo.
Não há entretenimento nenhum em ler sobre os problemas dos outros. Ou pelo menos não deveria haver. A questão é que todos os que se encontram no abismo, tal como disseste um dia, gostam de saber que existe mais alguém também perdido num outro abismo.
É reconfortante saber-se que não se é o único (a viver coisas más). Pensa-se sempre o mesmo... 'aquele está pior do que eu'.
Nós gostamos, temos prazer até, em julgar aqueles que não conhecemos pelo simples motivo de ao o fazermos estarmos a ganhar o poder de condenar. E quem condena é superior, e sendo superiores sentimos-nos extraordinariamente bem, vá-se lá saber porquê.
Gostava que parasses de te insultares - creio que o teu 'eu' já percebeu o que pensas sobre os seus defeitos - e começasses a enumerar as tuas qualidades. Numa de variar um bocadinho.
Aqui deixo o desafio, os espinafres são o pesadelo de muita gente mas no entanto, eu adoro espinafres. (e como eu existem muitos outros)
Ela, All rights reserved
'Grito[s
( 22:07 )
Os ponteiros continuavam-me a chatear com a sua persistente e cronometrada batida. Como me chateia! O tempo a passar, ou a voar - expressão usada que por acaso NÃO gosto (afinal, de que gosto eu?) - e eu ali deitado, sofá no sol, almofada na cabeça, pensamento no sonho.
Lá fora gritavam e as gaivotas passavam, mas que importa?, eu estava ali dentro.
A casa estava vazia, o silêncio era o mestre, respiração normal.
PONTO FINAL.
PARÁGRAFO.
Para quê divagar? Será algum entretenimento ler os problemas dos outros? Para quê embelezá-los se não passam de desabafos desesperantes que se enraivecem ao sair? Para quê contar o livro todo quando o que se pede é um nome? Para quê sussurrar e pedir SEGREDO quando se tem a certeza que já toda a gente o sabe? Para quê GRITAR contra o vento, mesmo sabendo que ele abafará o som?
Eis o PROBLEMA.
Não há mentalidade trocada, nem criatura em corpo errado, apenas há - e afirmo sem vergonha - uma linha diferente no pensamento, uma curva em vez da tradicional recta, um traço em vez de um ponto. Será isso suficiente para o julgamento final começar?
A resposta é clara - SIM - isto porque sou arguido da sentença a que me condenam sem sequer ouvir o outro lado. Dizer que é mau, sem sequer provar. (não sou chocolate, nem lá perto)
A preocupante QUESTÃO é,
Como é que se pode rotular alguém se sequer saber o que contém? Irá escrever espinafres quando na realidade são rebuçados?
As palavras preocupam-me, principalmente quando ganham vida própria e se tornam VERDADES FALSAS.
~ E'le _ para ela
,res|posta?
( 21:15 )
~
Como solucionar um PROBLEMA quando se sofre da mesma doença? (se as vacinas não curam, o que funcionará?)
Bem... Nem todo o barco volta, tal como nem todo o resgate, salva.
No caso, a doença é das piores jamais encontradas, uma peste negra sem limites, uma hepatite aparentemente saudável. Quem está de fora é que não vê!
Para a resposta ao MEU problema, convenço-me que toda a gente SOFRE, mas que pouca gente o mostra. Porquê? Não sei. Mas penso que é a única forma de me manter aqui, junto das criaturas que também dizem merecer o nome que lhes dou.
Valerá a pena correr o risco de ser empurrado depois de confiar?
Ainda hoje ouço comentários infelizes de quem menos espero, e alguns seres que julgava merecedores da minha DESPREZÁVEL companhia, mostram-se surdos à minha voz, arrancando em carne viva, todas as entranhas da minha ilusão. Ilusão única que me alimenta e me faz sobreviver. Ou pelo menos fazia.
O problema - o real problema - é que este caso é um daqueles resgates que fracassa - ou não, dependendo do objectivo em si - e que não traz sobreviventes.
Ao pensares que estás SÓ, convence-te de que nesse teu MUNDO de solidão e palavras vagas, existe sempre alguém. Alguém no mesmo barco que espera contigo pela salvação, mas que tu NUNCA desviaste sequer o olhar para reparar na sua insignificante existência.
Mesmo na solidão, um outro 'SÓ', estará sempre contigo, apenas tens de conseguir ouvir os gritos que cada um desespera silenciosamente, e para isso, não é precisa a magia que tanto se deseja.
(o bom, era eu aceitar os meus conselhos)
~ E'le
A Primeira Vez.
( 20:49 )
Esta primeira vez é para 'Ele', é um pedido de resgate e a busca de uma resposta para este meu problema.
Eu tenho vários amigos, mas, quantos desses vários farão realmente justiça ao título que lhes ofereço? Bem sei, pergunta dificil. Nem tu tens resposta para ela, não é? Pois bem, aqui coloco a minha questão que, de acordo com os ponteiros do relógio, dita os minutos que as palavras demoram a fluir da minha cabeça.
Tenho passeado sem rumo pelas ruas de Espinho, a cidade não me oferece nada de maravilhoso mas todos os dias me conta novos segredos. Todos os dias descubro histórias novas que me acalentam a alma me impedem de morrer fumentando a minha imaginação. Amo os passeios que trilho por isso, por me manterem viva sem receberem nada em troca, por alimentarem a minha sede de palavras sem qualquer tinta gasta. Tenho passeado por Espinho em busca de uma resposta, em busca de várias até, em busca da solução para o meu maior problema: Sinto-me só, e no entanto todos os dias estou rodeada de pessoas.
Será meu o problema? Será por minha culpa que o toque e as palavras do que me vêm todos os dias não me alcançam tanto e com tanta força como as dos que não conheço e que não me 'dizem' nada?
Sinto-me só, e pouco me importa se sou super hiper mega importante para os outros, quando a verdade, é que a minha importância se limita às horas de necessidade.
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~
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