d
r
E
A
M
a que não promete
o que se queixa por ela não prometer
'Ela' e 'Ele'. Talvez juntos sejamos muito mais do que uma simples palavra. Talvez passemos de fantasmas a memórias vivas.
(4) Na Excepção - Quando o ponteiro dos segundos está no número 12
sábado, 2 de maio de 2009 ( 12:34 )
Sempre no momento exacto, diz ela. É engraçado como as opiniões podem divergir tanto, como várias pessoas podem ver uma só de maneiras tão diferentes. Engraçado e assustador. É que deixa a dúvida, Qual das opiniões encerra a verdade? Qual das pessoas está a ver melhor? Qual delas é que está a ver realmente?
Todos os outros se queixavam da minha ausência iminente, da minha despreocupação constante – se era assim ou não só eles podiam decidir. Mas ela, ela não. Ela estava ali à sua frente a perguntar-lhe como poderia estar sempre lá nas horas certas, nos momentos oportunos, nas situações necessárias. Ela não o criticava, ela não o julgava, ela agradecia-lhe. Como?
-É engraçado, és a única pessoa que acha isso. Todos os outros me comparam a um fantasma em que nunca ninguém sabe até que ponto pode confiar.
- A sério? Então parece-me que ninguém te tem andado a dar opinião de apareceres, de te mostrares. – Como é que era possível explicar-lhe que quem estava errada era ela quando eu também queria acreditar no que ela estava a dizer? Como é que eu podia reclamar que ela é que não me conhecia suficientemente bem para já ter uma opinião formada quando ela me dizia aquelas palavras de uma maneira tão frágil e tão certa?
-Não sei, não sei mesmo sequer se vale a pena.
Instalou-se um silêncio incomodativo, nenhum de nós disse nada, estava a ficar tarde e eu levei-a a casa. Quando, no final do dia, cheguei ao meu quarto e me deitei finalmente na cama, pude pensar sobre todos os acontecimentos. Era irreal, uma história completamente irreal em que ninguém acreditaria e em que nem eu tinha a certeza de querer acreditar. Até que ponto é que o sonho tinha fugido da realidade desta vez? Estaria já demasiado longe para que eu pudesse voltar a assentar os pés no chão?
Apesar de tudo, eu sabia que tudo o que vivera pertencia à vida, ao Presente, ao real. Por muito me custasse aceitar que desta vez o compromisso tinha vindo à minha porta, que desta vez quem perdera a razão tinha sido eu, que desta vez era eu que estava disposto a dar tudo por um sonho, por uma loucura, eu sabia que era real.
Fechei os olhos e naveguei pelos sonhos que já guardava dentro de mim há anos, depois criei um sonho novo em que eu já não estava sozinho e Ela estava lá para me agarrar a mão.
Tatiana Rocha. New York. 10:28, Espinho. 29 De Abril de 2009
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