d
r
E
A
M
a que não promete
o que se queixa por ela não prometer
'Ela' e 'Ele'. Talvez juntos sejamos muito mais do que uma simples palavra. Talvez passemos de fantasmas a memórias vivas.
(5) Um caso aparte - Demasiados Pormenores
segunda-feira, 4 de maio de 2009 ( 18:36 )
Acordei incerta. Teria sido um sonho? O mais provável era isso mesmo, uma ilusão da minha sonhadora mente. Uma morte para um cenário pouco agradável mas decerto engraçado para o inicio de um romance. Só mesmo eu para desencantar isto das minhas ideias inconscientes.
A porta do quarto abre-se eu ainda envolvida nos confortáveis lençóis. Como sabia bem estar livre da agonia que a noite me oferecera, e inocente do que iria acontecer nessa manhã.
- Ela está a dormir. - sussurrou uma voz.
- Mas é melhor perguntar-lhe. - comentou uma outra.
- Sim? - perguntei de voz rouca e arrastada.
- Vais à escola querida? Ou preferes ficar em casa?
- Não estou a perceber.
- Depois de tudo o que aconteceu, é normal que não te sintas com disposição para ires. Que queres fazer tu?
- O que é que aconteceu? - esforcei-me para ouvir uma vez mais as palavras da minha mãe que me afirmava algo desconhecido.
- O funeral.
Aí tudo caiu e se quebrou no chão. Uma escultura de vidro e espelhos tão frágeis quanto o cristal, se despedaçaram cruelmente no chão que a acolheu violentamente. O suposto, que antes pensava não me pertencer, encolheu agora de tal maneira que a morte se tornou algo desejável, suportável.
Nunca houve sonho, nunca houve ilusão. A morte seria a única coisa credível no meio do cenário, isto porque a ideia do rapaz a beijar-me é completamente estúpida, isso é que nunca aconteceria.
- Querida? - Estava ela com uma cara estranha, provavelmente de resposta à minha. - O psicólogo disse que era melhor continuares com o teu dia-a-dia normal.
- Não consigo. - determinei mal um bafo de palavras conseguiu escapar. Os meus pulmões continuavam sem ar, contraídos num pânico que não conseguia evitar.
Ouvi a porta a fechar e olhei o tecto, a dor tirou-me o sono.
Comecei então a questionar tudo o que se passara. Teria sido realmente como me lembrava?
Sabia que pelo menos a morte fora real, mas teria sido da pessoa que eu pensava? Eram demasiados pormenores para eu me lembrar de todos, incluindo o rapaz. Isso sim, intrigava-me. Toda a lembrança era tão real, e... revivida mentalmente. O toque, o cheiro... a minha mente não seria tão 'boa' assim. Não teria assim tantos pormenores.
Quanto mais passava menos pormenores me lembrava. Ou se calhar era a vontade da minha inconsciência.
Por um lado gostaria que fosse verdade, apesar de nem sequer me lembrar do seu nome.
Por outro, tentei arranjar mil e quatro desculpas para negar tudo.
Verdade?
~ E'le [a
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