d
r
E
A
M
a que não promete
o que se queixa por ela não prometer
'Ela' e 'Ele'. Talvez juntos sejamos muito mais do que uma simples palavra. Talvez passemos de fantasmas a memórias vivas.
(8) - Na Excepção
domingo, 24 de maio de 2009 ( 14:49 )
Encosto-me à ombreira da porta de saída e olho para ela. Consigo vê-la a chorar, acalentada pela ilusão de que o orvalho lhe esconde as lágrimas, completamente perdida. É impressionante, conheço-a há tão pouco tempo e de cada vez que estive com ela não estava bem. Dá sempre a sensação de que vai cair desfalecida a qualquer instante.
Começo a caminhar lentamente, passos pequenos - não quero chegar lá depressa demais, quanto mais tempo adiar os olhos dela, melhor.
Ela é realmente bonita, linda. Os cabelos castanhos dourados caiem-lhe pelas costas em ondulações doces e delicadas, os olhos amendoados castanho chocolates espelham uma ingenuidade pura, a pele é cor de âmbar, a boca parece uma rosa despojada - pequena, desenhada, gentil. Linda.
Quando me aproximo ela sente a minha chegada, pende a cabeça ainda mais para baixo e deixa os cabelos penderem numa dança serpenteante com o vento. A única coisa que a agarra ali são os cadeados do baloiço, a segurança e o incerto, tudo na mesma invenção.
Ponho-me de cócoras, afago-lhe o rosto com as costas da mão e faço questão que sinta o meu toque. É-me tão preciosa, em tão pouco tempo, mas já me é tão valiosa!
- Desculpa-me, por favor. Quem me dera que as coisas não tivessem de ser assim, tu não tens noção do quanto é que me custa deixar-te ir sem mais nem menos.
- Não vale de nada chatear-me, faz o que quiseres. Mas, sinceramente, se calhar o melhor é mesmo... pronto, primos.
Exacto, nem poderia de ser de qualquer outra forma, aliás, era precisamente isto que eu queria, que ela se fosse embora. Então, porque é que não me sinto minimamente feliz?
O Outono está em alta, o vermelho, o laranja e o castanho estão espalhados por toda a parte, para o onde quer que olhe a melancolia está presente. O Outono sempre foi a minha estação preferida, os tons remetem-me para a vida, para uma reflexão extensa, para a melancolia e a felicidade completa e, claro, para todos os comentários que o meu melhor amigo faz sobre quanto sou lamechas.
Perdi-me totalmente nas folhas, nas secas, nas vivas, em todas, e quando reparei ela já se estava a ir embora. Estava quase a perdê-la e não havia nada que pudesse fazer, afinal de contas, eu tinha escolhido.
E de repente lembrei-me de algo muito importante, super importante.
- Hey, como é que te chamas, afinal de contas?
E a pergunta tornou-se retórica a partir do momento em que não obtive resposta.
E ela desapareceu.
three
two
one
dare
elaele
linhas
look at the time
abril 2009
maio 2009
junho 2009
julho 2009
agosto 2009
setembro 2009
outubro 2009
novembro 2009
dezembro 2009
janeiro 2010
fevereiro 2010
março 2010
abril 2010
maio 2010
junho 2010
julho 2010
agosto 2010
setembro 2010
outubro 2010
dezembro 2010
janeiro 2011
fevereiro 2011
maio 2011
junho 2011
novembro 2011
fevereiro 2012
agosto 2012
novembro 2012
dezembro 2012
janeiro 2013
junho 2013
julho 2013
novembro 2014
dezembro 2014
janeiro 2015
junho 2015
agosto 2016
outubro 2016
novembro 2016
happiness is a source of life
não renovável
the other's lives are always better
~
can't take my eyes of you