d
r
E
A
M
a que não promete
o que se queixa por ela não prometer
'Ela' e 'Ele'. Talvez juntos sejamos muito mais do que uma simples palavra. Talvez passemos de fantasmas a memórias vivas.
(10) Um caso aparte - A Guerra do Amanhã
terça-feira, 2 de junho de 2009 ( 23:15 )
I'm a gallery of broken hearts
Give me back my broken parts
.
Sorria não sabendo bem porquê.
O espasmo que surgiu em mim acompanhado de um bafo desesperado e pintado por palavras que nem soube quais, rapidamente se silenciou quando reparei que ele não tinha voltado e que o meu desejo e a minha raiva, que agora se tornava notavelmente maior do que o desejo, haviam acalmado.
Confirmei olhando novamente, era difícil ver com a chuva que se intensificou.
Era o meu pai.
- Que é que estás aqui a fazer? – implicou, levantando-me a mau jeito, tocando-me ao de leve para não se sujar na lama; tal foi inevitável quando me desequilibrei e ele teve de me agarrar.
- Vim dar um passeio e desmaiei. – Tentei disfarçar, inutilmente.
- Não tinhas nada que er a carta… - falou mais para si do que para mim. As suas feições cansadas e os seus olhos semicerrados olhavam-me com um toque indecifrável.
Nada mais me disse, levou-me para junto da rua, perto de uma loja de roupa para gente idosa, ou digamos, um gosto clássico, demasiado clássico; e puxou um guarda-chuva para nos abrigar. O meu olhar baixo não foi suficiente para me esquivar á reacção da minha mãe, que tremia por todos os lados – seria do frio?
Levaram-me para casa, tomei um banho vagaroso, aproveitando cada segundo para lavar a minha imundice profunda.
Ouvi as vozes misturarem-se fora da divisão. Com medo de ouvir algo indesejável, mergulhei a cabeça na água límpida que me envolvia num abraço suave e tão frágil.
Quando saí, já de pijama vestido, corri para o meu quarto sem ninguém notar, fechei a porta e desliguei a luz. Desejei que com sorte, nenhuma pergunta seria feita e que o assunto seria esquecido; desejei que nenhum comentário fosse escolhido para ser proferido.
Ouvi o ranger da porta, um suave beijo na testa, palavras demasiado baixas e novamente o barulho da porta a mover-se, acabado com um clique final.
Pelo menos hoje.
O ‘Amanhã’ seria outro dia.
~ E’le
O espasmo que surgiu em mim acompanhado de um bafo desesperado e pintado por palavras que nem soube quais, rapidamente se silenciou quando reparei que ele não tinha voltado e que o meu desejo e a minha raiva, que agora se tornava notavelmente maior do que o desejo, haviam acalmado.
Confirmei olhando novamente, era difícil ver com a chuva que se intensificou.
Era o meu pai.
- Que é que estás aqui a fazer? – implicou, levantando-me a mau jeito, tocando-me ao de leve para não se sujar na lama; tal foi inevitável quando me desequilibrei e ele teve de me agarrar.
- Vim dar um passeio e desmaiei. – Tentei disfarçar, inutilmente.
- Não tinhas nada que er a carta… - falou mais para si do que para mim. As suas feições cansadas e os seus olhos semicerrados olhavam-me com um toque indecifrável.
Nada mais me disse, levou-me para junto da rua, perto de uma loja de roupa para gente idosa, ou digamos, um gosto clássico, demasiado clássico; e puxou um guarda-chuva para nos abrigar. O meu olhar baixo não foi suficiente para me esquivar á reacção da minha mãe, que tremia por todos os lados – seria do frio?
Levaram-me para casa, tomei um banho vagaroso, aproveitando cada segundo para lavar a minha imundice profunda.
Ouvi as vozes misturarem-se fora da divisão. Com medo de ouvir algo indesejável, mergulhei a cabeça na água límpida que me envolvia num abraço suave e tão frágil.
Quando saí, já de pijama vestido, corri para o meu quarto sem ninguém notar, fechei a porta e desliguei a luz. Desejei que com sorte, nenhuma pergunta seria feita e que o assunto seria esquecido; desejei que nenhum comentário fosse escolhido para ser proferido.
Ouvi o ranger da porta, um suave beijo na testa, palavras demasiado baixas e novamente o barulho da porta a mover-se, acabado com um clique final.
Pelo menos hoje.
O ‘Amanhã’ seria outro dia.
~ E’le
three
two
one
dare
elaele
linhas
look at the time
abril 2009
maio 2009
junho 2009
julho 2009
agosto 2009
setembro 2009
outubro 2009
novembro 2009
dezembro 2009
janeiro 2010
fevereiro 2010
março 2010
abril 2010
maio 2010
junho 2010
julho 2010
agosto 2010
setembro 2010
outubro 2010
dezembro 2010
janeiro 2011
fevereiro 2011
maio 2011
junho 2011
novembro 2011
fevereiro 2012
agosto 2012
novembro 2012
dezembro 2012
janeiro 2013
junho 2013
julho 2013
novembro 2014
dezembro 2014
janeiro 2015
junho 2015
agosto 2016
outubro 2016
novembro 2016
happiness is a source of life
não renovável
the other's lives are always better
~
can't take my eyes of you