d
r
E
A
M
a que não promete
o que se queixa por ela não prometer
'Ela' e 'Ele'. Talvez juntos sejamos muito mais do que uma simples palavra. Talvez passemos de fantasmas a memórias vivas.
(11) - Na Excepção - Pickin' up piecies of me
segunda-feira, 22 de junho de 2009 ( 19:10 )
The end of the Century, I said my goodbyes, For What is Worth
Abro os olhos devagar enquanto me habituo com dificuldade à claridade que já invadiu o meu quarto por esta altura. É impressionante como o tempo me parece estar a passar tão rápido agora, que não tenho tido nada em que pensar senão nela e em tudo o que ela envolve.
Levanto-me da cama com calma, a minha mãe está a cantarolar na cozinha, a voz dela chega-me aos ouvidos como um remédio para a dor da cabeça que acaba de me ameaçar.
- Mã?
- Bom dia, o que foi? - está alegre hoje, parece realmente relaxada pela primeira vez em várias semanas. Não faço a mínima ideia do que a pôs neste estado mas de certo que algo de realmente bom aconteceu enquanto eu passava infernos durante o sono.
- Vou passar uns dias fora, tudo bem? Quero ir a casa da Tia Margarida, tenho a certeza que ela me vai dar uma boa solução para esta embrenhada em que me meti. - espero que engula esta desculpa é que, neste momento, não tenho tempo nem paciência para inventar uma melhor e estou mesmo a precisar de fugir deste fim do mundo por uns dias. O ar está-me a sufocar, sinto que as paredes da casa estão cada vez mais próximas e que a qualquer momento vou ficar aqui preso para sempre.
- Hum? ... Casa da Tia Margarida? Ok... Quanto é que precisas? Bem sabes que não tenho dinheiro para andares a esbanjar...
- Eu desenrasco-me, mamã. Vou preparar as coisas e saiu ao meio-dia, devo voltar na sexta-feira. Ficas bem?
- Claro, claro. Vai lá, querido.
Uffa... Tenho a perfeita noção que para qualquer pessoa que nos observe de fora nós temos uma relação fria e distante, sei que a todas as pessoas parece que a minha mãe não se preocupa minimamente comigo e que ela me dá demasiada liberdade do que a que eu merecia. Mas, a verdade é que nós acreditamos na confiança e ela sabe que pode depositá-la em mim, ela sabe que não vou desapontá-la. Estamos os dois demasiado habituados a só nos termos um ao outro e, como somos os dois duas pessoas independentes, aprendemos a manter um espaço seguro entre nós para que possamos continuar a amarmos-nos sem limites ou metas finais.
Arrumo o essencial dentro de uma mala de lona que me deram quando ainda era muito pequeno, calço as sapatilhas azuis que são as mais confortáveis para longas caminhadas e preparo-me para sair de casa. Desço os degraus da entrada e começo a caminhar para a rua.
O céu está demasiado escuro para um Solstício de Verão, o cinzento inundou o mar azul que costuma ter lugar nesta altura do ano e espalhou nostalgia por todos os cantos do tecto da Terra. As ruas estão vazias, os passeios parecem-me demasiado moles para caminhos seguros, a minha mente está a fazer-se demasiado temerosa do que o que eu gostaria. Não posso ir para casa da tia Margarida, tenho de descobrir um outro sitio qualquer que seja igualmente confortável e não muito dispendioso. Tenho de me sentar umas horas a analisar todas as informações que reuni, tudo o que sei, de forma a desenterrar da areia os dados que preciso para desvendar, de uma vez por todas, a verdade escondida atrás desta enorme mentira.
Do outro lado da rua está um grande reclame luminoso a piscar sem mostrar quaisquer sinais de fadiga, dirijo-me para ele e leio a palavra certa. Hotel.
Entro, estou mais do que preparado para uma nova aventura. Tenho até sexta sozinho comigo mesmo e com os meus pensamentos, tenho até sexta para desvendar a minha vida.
three
two
one
dare
elaele
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