Strings

d r E A M

retém essências

(17) Um caso aparte - Reanimação

sexta-feira, 21 de agosto de 2009 ( 00:16 )

Como poderia ele fazer-me uma coisa destas? Como? Primeiro o dito momento em que se aproveitou da minha fragilidade momentânea, depois a promessa que quebrou, seguida da facada mais forte, a proibição do nosso conto de fadas - faca essa que ficou presa até ao momento em que me desvendou a verdade, e como todos sabemos, a saída não é fácil.
Passaram por mim tão rapidamente que nem consegui identificar os sentimentos que mais me afectavam ou mesmo controlavam. Encontrava-me num impasse sem me aperceber de tal, começou me a doer a cabeça e fechei os olhos, quando dei por ela, os nossos lábios estavam unidos como daquela primeira vez, em que a imundisse não me invadia o sangue, nem a raiva me controlava os músculos. Já nem sabia quem se teria impulsionado primeiro para o tal acto, e já nem tentei bofeteá-lo pois saberia que a meio caminho as minhas mãos desistiriam de parar o momento perfeito - apesar da minha vontade ser essa, escarregar a força da mentira em cima dele.

Afastei-me respirei fundo, disfarçando o tom ofegante e o batimento acelerado.
- Não. - a minha voz falhou. - Não posso fingir que está tudo igual, que está tudo bem. - pareceu-me demasiado à novela portuguesa, mas não conseguia dizer mais nada. Já era difícil contrariar a minha vontade de beijá-lo outra vez, quanto mais mandá-lo embora.

Passaram-se dois dias de recuperação da constipação que apanhei nesse dia, e até então, não falei mais com ele. Foram três dias em contagem decrescente para o meu aniversário, o suficiente para alinhar as ideias e organizar as vontades, para depois esclarecer tudo e assim completar o inacabável puzzle de mil e oito peças.

Mil e oito contradições.

tell your color

913373653 ~

( 00:03 )

Pela primeira vez posso afirmar que não tenho nem tive motivos para me esconder, e por isso, não o fiz. Tenho uma estranha saudade, uma que há uns meses atrás duvidaria seriamente que a sentiria, mas que agora é mais forte do que uma simples vontade. As palavras também não me acalentam, também não concordam nem alinham com as minhas, eu vejo sempre algo mais, algo único.

Tens assim tanta certeza das palavras que disseste?

Decifradora de mentes, já consegues ler a minha?

Tu é que andaste desaparecida, sem sinais de vida. Eu continuei a vir aqui todos os dias, à espera da bandeira do teu regresso, aguardando a derrocada dos muros e fortalezas que cresceram e nem sequer me deixaram ver-te. Cada texto e cada palavra são uma janela que me dão um rebuçado como presente de espera para a terra dos doces, o paraíso divino, o inferno dos diabéticos.

Ainda bem que o contacto não se perdeu como previas. Ainda bem que tiveste a bendita ideia do nosso refúgio onde nos imortalizamos.

Quero-te ver. Voltas?

tell your color

916747502

quinta-feira, 20 de agosto de 2009 ( 00:18 )

Por onde é que tens andado ?
eu estive perdida dias a fio e não te vi dar sinais de vida, as pegadas que tinhas deixado marcadas na areia foram apagadas pelo vento e a única coisa que me restou como parca da tua presença foram as memórias que ia partilhando com os outros.
O problema é que as memórias que guardo tuas são muito diferentes das que os outros guardam, enquanto eu falava de um génio eles falavam de um menino e, por isso, as saudades que se instalaram em mim nem pelas palavras foram acalentadas.
Os outros nunca conheceram o Gustavo que eu conheci, e eu perdi-o de vista.

Aparece, onde é que te escondes-te?

tell your color

(16) Na Excepção - Fim de um ciclo

( 00:02 )

Consegui finalmente contar-lhe a verdade.
Só de me lembrar da cara dela quando lhe desvendei a mentira, quando em vez de lhe dizer que era sangue do meu sangue lhe contei que os únicos laços que nos unem são os nossos próprios sentimentos e desejos. A cara dela, a raiva e a dor que se seguiram à perplexidade que lhe invadiu o rosto. Tudo, todas as bofetadas que ela não me deu mas que senti com mais força do que qualquer outra mão já me tenha dado.
Mas foi melhor assim, contar-lhe a verdade foi o melhor. Livrar-me das mentiras que me explodiam pelos poros, rasgar o único pano que me impedia de lhe tocar.
Não sei, não faço a mínima ideia do que ela ficou a achar do avô. Só espero que tenha compreendido o valor que aquele homem encerrava dentro do corpo, da mente, da alma.
Revelei-lhe o porquê da herança me ter sido legada a mim, filho de pai nenhum, contei-lhe a relação inter-idades de confiança e amizade que se tinha despoletado entre nós. Não tenho a certeza se ela conseguiu atingir a magnitude das lembranças que me assaltavam mas, tenho a certeza que sentir os lábios dela nos meus quando as palavras se acabaram foi o melhor momento da minha vida.

tell your color

And there are persons like you that make me doubt for a second.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009 ( 19:38 )

I took my decision already. The world says so many diffrent things to me. Everytime I ask the same question he never says the same.

As I said in the other blog, [I have no idea if you read it]:
Mirros don't lie, but - and here comes the 'but' that I was shearching - I don't need to believe them. The same with people. They are hard to understand, so, why am I still trying? I guess that life won't be easier just because of this, but it may help. It helped me.

~
I stopped trying to understand people that are not able to understand, and I started to hear just the things that I want to hear. It's to early to say if it is working out. But until, I'll survive.

I hope the rivers will turn blue again.
And one thing for you. Stars didn't lost theire glow. You still have your own, and you are the only one who can't see it.
Just one more thing, I'll say to you, what you said to me. I'm begging, don't let it go away.
Glow until your last flame of light die.

tell your color

Irreplaceable

( 02:36 )

Image via Wikipedia

I will not write words I cannot pronounce, I will not beg for reasons that will stop you from say goodbye.
I'm broke, there are no arguments left so I can tell you how irreplaceable you are. It's time for you to decide, it's time for you to open your eyes and see what has always been in front of you and that you've always refused to notice.

Stars have lost their glow forever; rivers became dark enough so you can't see what creature have you become in. I will not impede you to continue your way, I will just advice you: Look around, Stand up for yourself, life won't do it for you.

This is not a free sail, we're talking about your demand, your person, your soul, your heart, your essence, so please, I'm begging, don't let it all go away - because it may never came back and all your effort will be in vain.

Take a deep breath and make it the first of many till the last.

tell your color

maybe we're not that empty

can't take my eyes of you