d
r
E
A
M
a que não promete
o que se queixa por ela não prometer
'Ela' e 'Ele'. Talvez juntos sejamos muito mais do que uma simples palavra. Talvez passemos de fantasmas a memórias vivas.
agarra nos tomates com força, vá querida.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012 ( 00:28 )
Agarrei nos tomates pela cintura, apertei-os com força e deixei-me sofrer um bocadinho. É agora ou nunca, querida. Ou metes o pézinho dentro de água ou vais derreter cá fora à espera que o tempo melhore. É agora ou nunca, ou corres o risco de morrer ou morres sem nunca ter tentado.
Não que seja assim tão desconfortável o silêncio, mas é que a paixão é uma seiva expessa que queima as veias e não há maneira nenhuma de lhe apaziguar o ardor. A faca está perto ainda por cima, é só um ligeiro corte acima do mamilo e tudo cá para fora. Todo o lado esquerdo exposto sem grandes pudores.
Esta que aqui vês sou eu. Instrumento de cordas soltas que magoam os dedos que lhes tocam. Despida porque o couro das minhas peles está enfraquecido pelo tempo e não houve ninguém que lhe passasse uma boa mão cheia de gordura. Tenho pudor de animais. Têm pelos e corações.
Eu tenho pelos e coração. Tenho pudor de mim. Mas vá, hoje é um dia de coragem, já agarrei os tomates pela cintura e agora que os tenho na mão não os consigo voltar a guardar. É uma questão de orgulho, querida, não o farás. Vá, força, vai doer, claro que vai, dói sempre um bocadinho. Mas nada dói mais do que a ressaca de amor, portanto vá querida, com força. Conta-te ao mundo. Nem sequer é provavel que te ouçam e tu só precisas muito. De chorar pelos outros e não fazer nada sentada no sofá da sala, de engordar, ficar balofa, depois deixas de comer durante uma semana ou duas. Ninguém dá-de reparar, hão-de gostar mais. E quando gostam mais do que vêem nunca se preocupam muito em emendar o rasgão. Assim deixam as mães dos meninos que eles andem de calças rotas a espalhar bravura e rebeldia por aí. Acham graça a ver o pequeno herói de batalha sem sequer ter do Aquiles o calcanhar.
Vá, conta tudo. Guarda o gelado no frigorifico que ele lá está melhor, faz o pequeno rasgão na maminha, mesmo acima do coração, e conta-lhes como gostas tanto de beber do teu próprio sangue só porque ele guarda o sabor acre do passado que, na verdade, há-de continuar a sempre a fazer-te ver fins em todas as paredes.
Vá, conta tudo. Guarda o gelado no frigorifico que ele lá está melhor, faz o pequeno rasgão na maminha, mesmo acima do coração, e conta-lhes como gostas tanto de beber do teu próprio sangue só porque ele guarda o sabor acre do passado que, na verdade, há-de continuar a sempre a fazer-te ver fins em todas as paredes.
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