d
r
E
A
M
a que não promete
o que se queixa por ela não prometer
'Ela' e 'Ele'. Talvez juntos sejamos muito mais do que uma simples palavra. Talvez passemos de fantasmas a memórias vivas.
histórias de um naufrágio premeditado paradoxal
quarta-feira, 19 de outubro de 2016 ( 21:24 )
lição número 2: como diluir saliva e outros truques
A minha garganta hoje fechou durante uns 30 segundos. Dizer aproximadamente tira a credibilidade à coisa. A verdade é que não os contei, estava mais concentrado em manter a calma enquanto a minha faringe decidia abraçar-se proibindo qualquer troca de ar entre os meus pulmões e o ar da minha cozinha económica. Mas foram trinta segundos. Curiosamente não tive nenhum flashback de momentos marcantes da vida ou assuntos por resolver, não vi luzes, não desmaiei também, e não me deu nenhuma eureka de transformação fascinante e súbita como lição de vida. Nada. Enquanto cuspia a saliva espessada para a banca da cozinha e a tentava diluir na água corrente da torneira ao mesmo tempo que forçava a minha caixa torácica a expandir-se e a aceitar o ar que eu lhe impingia, a minha mente pensava apenas na sobrevivência. Estou com a garganta fechada. O que fazer? Posso abri-la com os dedos? Baterem-me nas costas ou a manobra de heimlich funcionaria se eu estivesse entalado. Decidi em poucos segundos que o melhor era forçar a barreira e medir forças com a faringe até que um de nós cedesse. Talvez eu não tivesse acreditado de facto que podia morrer, ou que ia morrer. Talvez eu não estivesse de facto em perigo e o meu cérebro soubesse disso. Ou talvez eu não seja cliché a esse ponto de ter visões e premeditações aquando de uma situação de stress aparentemente fatal.
Disseram-me que é da faringite. Quando lhe perguntei o que podia fazer para aliviar a situação caso acontecesse de novo só lhe faltava encolher os ombros.
A minha garganta hoje fechou durante uns 30 segundos. Dizer aproximadamente tira a credibilidade à coisa. A verdade é que não os contei, estava mais concentrado em manter a calma enquanto a minha faringe decidia abraçar-se proibindo qualquer troca de ar entre os meus pulmões e o ar da minha cozinha económica. Mas foram trinta segundos. Curiosamente não tive nenhum flashback de momentos marcantes da vida ou assuntos por resolver, não vi luzes, não desmaiei também, e não me deu nenhuma eureka de transformação fascinante e súbita como lição de vida. Nada. Enquanto cuspia a saliva espessada para a banca da cozinha e a tentava diluir na água corrente da torneira ao mesmo tempo que forçava a minha caixa torácica a expandir-se e a aceitar o ar que eu lhe impingia, a minha mente pensava apenas na sobrevivência. Estou com a garganta fechada. O que fazer? Posso abri-la com os dedos? Baterem-me nas costas ou a manobra de heimlich funcionaria se eu estivesse entalado. Decidi em poucos segundos que o melhor era forçar a barreira e medir forças com a faringe até que um de nós cedesse. Talvez eu não tivesse acreditado de facto que podia morrer, ou que ia morrer. Talvez eu não estivesse de facto em perigo e o meu cérebro soubesse disso. Ou talvez eu não seja cliché a esse ponto de ter visões e premeditações aquando de uma situação de stress aparentemente fatal.
Disseram-me que é da faringite. Quando lhe perguntei o que podia fazer para aliviar a situação caso acontecesse de novo só lhe faltava encolher os ombros.
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